Diretor do CLIT integra júri de festival em Itália
Escrito por TunetRádio em 11/03/2025
O Marte Film Festival decorre de sexta-feira a domingo, em Roma, e conta com a participação de Luís Humberto Teixeira, do CLIT.
O diretor do festival CLIT – Cinema em Locais Inusitados e Temporários, Luís Humberto Teixeira, foi convidado a fazer parte do júri do Marte Film Festival, que terá lugar entre os dias 14 e 16 deste mês em Roma.
A iniciativa, que tem à frente o realizador italiano Guglielmo Brancato, apresenta-se como um “festival internacional de cinema e de inovação tecnológica” e subordina esta edição ao tema “A voz dos jovens”.
As 31 obras escolhidas pelo comité de seleção do Marte Film Festival (MFF) distribuem-se por cinco categorias – curta-metragem, curta-metragem documental, animação, longa-metragem e longa-metragem documental –, onde são submetidas à avaliação do júri.
Além do diretor do CLIT, são jurados Ezio Fratto (crítico cinematográfico, que preside ao júri), Beatrice Puccilli (atriz e argumentista), Beppe Manno (crítico de cinema e dinamizador de um projeto de cinema ambulante na Sicília) e Gaël Labanti (diretor artístico do Annonay Premier Film Festival, em França).
A par das projeções, o MFF, que decorrerá em dois espaços polivalentes nas margens do Tibre, vai também acolher palestras e debates sobre temas como as novas estratégias de distribuição cinematográfica ou a relação do cinema com a inteligência artificial e a exploração espacial.
Visando criar um território em que as novas gerações de cineastas “possam expressar as suas vozes, explorar novas linguagens e abrir o cinema a novas perspetivas”, o MFF pretende funcionar como “um laboratório criativo e inclusivo, que fomente o crescimento profissional dos jovens autores e promova o cinema como ferramenta de mudança cultural e social”, lê-se no site do festival.
Sublinhando o foco nos futuros cineastas, agora a dar os primeiros passos, Guglielmo Brancato declarou à organização do CLIT, a partir de Roma, que “o Luís é a prova viva de que, neste mundo, existem pessoas que acreditam no trabalho desenvolvido pelos jovens realizadores”, e assinalou que o programa do festival que dirige inclui uma sessão de apresentação de dez ideias para filmes, previamente selecionadas pela sua equipa, a um painel de produtores e distribuidores, “que irão escolher a que querem transpor para a tela”.
O convite a Luís Humberto Teixeira surgiu após a passagem de Guglielmo Brancato pela segunda edição do CLIT, na qual participou com a longa-metragem “Semáforo vermelho”, integrada na secção “Descobre-o”, e com a curta documental “A fronteira”, sobre os refugiados da Ucrânia, exibida extracompetição no festival, onde teve a sua estreia mundial.
“O Guglielmo gostou bastante da sua experiência como realizador convidado do CLIT em 2022, nomeadamente da sessão em que foi apresentado o seu filme, na praceta Francisco Finura, e do programa dessa edição, que contou com mais de 90 filmes de 30 países, e pareceu-lhe que fazia sentido a minha presença no júri do festival que dirige”, revelou o responsável.
Portugal está também representado no Marte Film Festival com o documentário “Carne: a pegada insustentável”, de Hugo de Almeida, residente em Alcochete. O filme será projetado, fora de competição, a 15 de março, a partir das 18h35, na sala de conferências do complexo cultural Industrie Fluviali.
A apresentação desta obra, que tem vindo a ser distinguida em festivais de todo o mundo e arrebatou o Prémio do Público para Melhor Longa-Metragem Documental na quarta edição do CLIT, em dezembro de 2024, será antecedida de uma intervenção do professor Luca Lo Sapio, que leciona Ética Alimentar na Universidade de Turim.
Fotografia de capa por André Areias.