Emmy Curl vence Prémio José Afonso
Escrito por TunetRádio em 10/03/2025
Emmy Curl venceu, por unanimidade, o Prémio José Afonso com o álbum “Pastoral”, avançou à comunicação social a Câmara Municipal da Amadora.
“Os talentos multifacetados da artista permitem ao álbum premiado uma coerência estética que se estende da música, textos e interpretação ao grafismo e a outros detalhes da produção”, sustentou o júri do prémio. “Pastoral” é o quarto álbum de Emmy Curl e resulta de “cerca de 10 anos de investigação e exploração do domínio entre a música tradicional portuguesa, especialmente no património cultural pagão, e as paisagens sonoras eletrónicas modernas”, descreve a editora Cuca Monga, que o editou em 2024.
Para o júri do Prémio José Afonso, a escolha de “Pastoral” deveu-se, “antes de mais, à originalidade do universo musical e estético de Emmy Curl”. Na página oficial, a editora Cuca Monga refere também que o álbum de Emmy Curl “abre um mundo para o ouvinte onde a música tradicional portuguesa da cultura pagã se funde com batidas eletrónicas e sintetizadores modernos”.
Emmy Curl é o nome artístico de Catarina Miranda (nascida em Vila Real em 1990), uma “artista multimédia portuguesa, oriunda das montanhas” que começou a compor ainda na adolescência, como afirma a editora. Além de “Pastoral” (2024), a discografia conta ainda com os álbuns “Ether” (2007), “Cherry Luna” (2013), “Navia” (2015) e “O Porto” (2019) e vários EP, nomeadamente “Birds Among the Lines” (2020) e “Origins” (2021).
Emmy Curl também participou por duas vezes no Festival da Canção. Em 2018 com a música “Para Sorrir Eu Não Preciso de Nada” e este ano com “Rapsódia de Paz”. O júri do Prémio José Afonso 2025 integrou Sérgio Azevedo (Câmara Municipal da Amadora), Pedro Teixeira da Silva (Teatro Nacional de São Carlos) e Maro (que venceu o prémio em 2024).
Emmy Curl vai receber o prémio e atuar na Amadora a 24 de abril, no Cineteatro D. João V, no âmbito das celebrações dos 51 anos da revolução de 25 de Abril de 1974 naquela cidade. O Prémio José Afonso, que tem um valor monetário de 5.000 euros, é atribuído anualmente desde 1988 para “homenagear o cantor e compositor português José Afonso e incentivar a criação musical de raiz portuguesa”. Fausto Bordalo Dias (1988), Sérgio Godinho (1990 e 1994), Né Ladeiras (1995), Amélia Muge (1999), António Pinho Vargas (2010), Teresa Salgueiro (2017), Capicua (2021) e A Garota Não (2023) são alguns dos artistas que foram distinguidos com este prémio.