Gileno Santana e Orquestra do Norte em Amarante
Escrito por TunetRádio em 31/08/2024
Gileno Santana é trompetista, arranjador, docente e compositor de projeção mundial, primeiro músico luso-brasileiro a ser palestrante na Harvard University e reconhecido como “Artista Internacional Schagerl” (um dos expoentes máximo do reconhecimento de artistas nesta área).
Para um espetáculo inédito, junta-se à “grandiosa” Orquestra do Norte, sob a direção do maestro Fernando Marinho. O concerto acontece no “novíssimo e acolhedor” Cine-Teatro de Amarante, a 19 de setembro, às 21h30, informa a assessoria do músico em nota enviada à comunicação social.
Apostando num repertório original, este concerto assenta na fusão de sonoridades entre a música clássica e a MPB (Música Popular Brasileira) e prevê a inclusão de músicos da nova geração do jazz nacional, que acompanharão o solista e a orquestra.
O programa foi “cuidadosamente elaborado” com arranjos assinados por “grandes” nomes da música brasileira e internacional, com alguns dos temas a serem compostos “especialmente” para este concerto, que conta também com clássicos da música brasileira, como “Garota de Ipanema” (Vinicius de Moraes/Tom Jobim), “Carinhoso” (Pixinguinha), “Aquarela do Brasil” (Ary Barroso), “Com que Roupa” (Noel Rosa).
“Este é um dos concertos mais aguardados da minha vida, estou radiante e entusiasmado por colaborar com uma das mais importantes orquestras do país”, confidencia Gileno.
“Gileno Santana, músico luso-brasileiro nascido em Salvador e a viver em Portugal, é uma figura destacada no panorama musical atual, sendo amplamente reconhecido mundialmente como um dos trompetistas mais influentes da sua geração.
Ao longo da sua carreira, tem partilhado palcos em festivais com alguns dos maiores nomes do jazz mundial. Formou-se em Jazz no Porto, onde também concluiu o seu recital de mestrado em trompete clássico. Além de performer, Gileno exerce funções como professor de trompete jazz no Conservatório de Música do Porto. É também um dos raros músicos nacionais a lecionar e a dar palestras em universidades em todos os continentes.
A versatilidade é uma das características mais marcantes de Gileno Santana, destacando-se tanto como lead trumpet como na música tradicional portuguesa. O seu vasto conhecimento e domínio de vários estilos musicais fizeram com que a sua música ressoasse a nível global, tornando-o uma figura única no cenário musical.
Hermeto Pascoal, importante músico brasileiro, elogiou publicamente Gileno Santana, afirmando que ele “já nasceu músico” – um dos maiores reconhecimentos que o trompetista já recebeu. A sua contribuição para a música foi reconhecida com a medalha de mérito da Ordem dos Músicos de São Paulo e como vencedor do prémio internacional de bandas de jazz Transnational BeJazz, em Berna, Suíça. Foi também distinguido com o título de mérito pela Câmara Municipal de Newark, New Jersey.
A notoriedade de Gileno Santana transcende fronteiras, sendo o único luso-brasileiro a dar palestras sobre improvisação na Harvard University e na Juilliard School, duas instituições de prestígio internacional. Além disso, teve a honra de ser o único luso-brasileiro a ser convidado para tocar na lendária Mingus Big Band.
A revista Time Out Lisboa nomeou Gileno Santana como um dos melhores trompetistas portugueses de sempre, destacando a sua posição como, provavelmente, o músico mais versátil da sua geração. Apesar da sua juventude, o legado musical de Gileno Santana continua a solidificar-se, alimentando grandes expectativas sobre até onde a sua música poderá chegar”.
“A Orquestra do Norte (ON) concretiza, desde 1992, um projecto de descentralização da cultura musical que tem vindo a ser desenvolvido pela Associação Norte Cultural, desde que esta venceu o primeiro concurso nacional para a criação de orquestras regionais, instituído pelo Estado Português nesse mesmo ano.
Com a direcção artística de José Ferreira Lobo, a ON foi iniciadora de um trabalho verdadeiramente pioneiro e inédito, tendo-se afirmado no panorama da música erudita e sendo hoje uma instituição reconhecida nacional e internacionalmente.
Os objetivos básicos que sempre inspiraram a actividade da Orquestra do Norte passam pela criação de novos públicos, pelo apoio à música e aos músicos portugueses e pela constante renovação de um repertório cuidadosamente selecionado susceptível de, por um lado, ser compreensível para um “iletrado” musical e, por outro, seduzir pessoas iniciadas ou que se queiram iniciar neste tipo de música.
Coerente com esta orientação, tem realizado concertos nos mais recônditos locais, a maior parte das vezes fora do conforto das salas/teatros de concerto, em igrejas, ao ar livre, em salões de instituições de variada índole, etc., única forma possível de se atingirem certos sectores da nossa população que, por acentuadas assimetrias do desenvolvimento regional do país, sempre viveram à margem das oportunidades culturais, nomeadamente a nível musical, que os grandes centros mais facilmente oferecem. Vinte e três anos depois, esta orientação estratégica de atividade continua a ser fundamental para a instituição.
Agente de transformações na gestão cultural do nosso país e criadora de um novo paradigma musical, a Orquestra do Norte desenvolve uma intensa atividade com temporadas regulares de norte a sul do País. Realizou mais de 3.000 espectáculos em mais de uma centena de diferentes lugares. Apresentou-se ainda em Espanha, França e Alemanha.
Consciente da importância que representa o aumento e a diversificação da oferta artística no desenvolvimento cultural do país, a Orquestra do Norte realiza as obras maiores da História da Música, servindo o grande repertório orquestral, do Barroco à Música Contemporânea, dando especial atenção à difusão da Música Portuguesa”.