Que Jazz É Este? já começou em Viseu
Escrito por TunetRádio em 12/07/2024
A 12.ª edição do Festival Que Jazz É Este? regressou a Viseu.
O Laboratório de Experimentação Sonora surge como um espaço inclusivo e plural dirigido a todos os interessados maiores de 10 anos que ao longo de várias sessões vão experimentar, inventar, gravar, compor e interpretar material sonoro e musical relacionado com a cidade de Viseu. Sob a orientação de Beatriz Rola e Inês Luzio, dupla de criativas conhecidas pelas suas abordagens criativas e inovadoras, o trabalho desenvolvido é apresentado dia 19 de julho às 15h00m no Parque Aquilino Ribeiro em formato performance sobre uma instalação sonora que fica em permanência no Parque da Cidade até 21 de julho.
A ideia do Jazz ao Domicílio vem de edições anteriores e volta a surgir de forma saudavelmente subversiva: levar concertos às pessoas que estão impedidas de vir até eles. Hospitais, prisões e lares recebem concertos e desta forma alarga-se o acesso de todos à cultura.
O resultado do 16.º Workshop de Jazz de Viseu, orientado por Marcos Cavaleiro e João Grilo, é levado a público de 19 a 21 de julho, das 10h00m às 13h00m e das 14h30m às 17h30m, no Carmo’81 e a sua apresentação ao vivo é dia 21 de julho às 17h00 no Carmo’81.
Dia 13 de Julho às 21h00m haverá o concerto de Pedro Molina Quartet em parceria com o Prémio CIJ – Universidade de Aveiro 2023 na Pousada de Viseu. Pedro Molina apresenta o álbum “À Procura”. Do imaginário do contrabaixista espanhol Pedro Molina surge este projeto em parceria com jovens músicos da sua geração, distinguido em 2023 com o prémio para “Melhor Ensemble” no 3.º Concurso Internacional de Jazz da Universidade de Aveiro. “À Procura” é a estreia dos seus registos discográficos enquanto líder e debruça-se sobre a observação do seu próprio mundo, de quem o rodeia e das emoções que pontuam um percurso de adaptação a uma nova cidade, à cultura, ao clima e às novas vivências que proporciona. A busca – e tudo aquilo que se descobre entretanto – serão os pontos de partida para a narrativa que poderemos escutar neste concerto.
Nesse mesmo dia, às 22h30m, numa parceria inédita com o ACERT, o Que Jazz É Este? leva ao Tom de Festa em Tondela para um concerto do Colectivo Gira Sol Azul & Lura. Esta apresentação ao vivo repete dia 19 de julho às 21h30m no Parque Aquilino Ribeiro. Composto por músicos da Gira Sol Azul, o coletivo com o mesmo nome integra músicos que residem na região de Viseu e comporta já três gerações de músicos que se apresentam desde 2007 nos mais diversos contextos e como suporte de vários projetos assinados pela associação. No âmbito do Que Jazz É Este?, este coletivo junta-se a um convidado especial partilhando assim o palco e repartindo com o público a energia musical advinda da experiência privilegiada que vivem. Este ano é convidada do Coletivo, Lura, voz incontornável da lusofonia que conquistou o mundo com o gigante sucesso de “Nariná” e com colaborações de peso com Cesária Évora, Bonga ou Angelique Kidjo, somando já mais de 25 anos de carreira. No ano passado, Lura deu início a um novo capítulo na sua história, com o álbum “Multicolor”, uma ode à diversidade e multiculturalidade, unindo Portugal e Cabo Verde através da sua voz e energia contagiantes.
Nota ainda para a Rádio Rossio com programas da dupla Catarina Machado e Rui “Tigrão” Gomes, Rádio Escola, concertos de combos de escolas profissionais da região (Combo da E. P. da Serra da Estrela e Santa Combo) e Ricardo Ramos, Raquel Castro e Rui Miguel Abreu. Temos ainda as Jam Sessions abertas pelos combos dos conservatórios de Coimbra e do Porto e ainda pelos Ilda.
Para nos resumir o tanto que ainda há para ver e ouvir, conversámos com a Ana Bento, da organização do festival.
A 12ª edição do festival Que Jazz É Este? é financiada pela Direção Geral das Artes e pelo programa Eixo Cultura do Município de Viseu e conta com vários importantes parceiros e mecenas locais e nacionais que têm contribuído para a afirmação do festival como um projeto de relevo e prestígio na região centro. De modo a incentivar a equidade no acesso ao festival, e por forma a consciencializar os públicos de que a fruição cultural deverá ser acessível mas não forçosamente gratuita, as atividades que integram o festival são de entrada livre, mas a organização apela a um pagamento não obrigatório, através de um “donativo consciente”.