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A Cor do Som com presença em Portugal de norte a sul em julho

Escrito por em 26/06/2024

Com quase cinco décadas de carreira, o grupo vencedor do Grammy Latino 2021 na categoria de Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa, depois de marcar presença em 2022 com dois concertos, A Cor do Som regressa a Portugal no mês de julho com uma agenda que inclui dois concertos, um workshop e uma conversa com o público.

A Cor do Som é convidada a participar mais uma vez do festival Jardins do Marquês, trazendo como convidado especial o tenor João Mendonça, no dia 10 de julho, na mesma noite da apresentação de Djavan.

Já no dia 19, o grupo é atração no palco principal, no Parque Ribeirinho, do MIMO Festival Amarante, trazendo como convidada Carminho, “apostando no reforço e atualização dos laços entre as músicas portuguesa e brasileira”, lê-se na nota enviada à comunicação social. A entrada é gratuita no MIMO Festival Amarante. Ainda dentro do MIMO o guitarrista e bandolinista da banda, Armandinho Macêdo, que acaba de receber dois prémios na categoria Instrumental, como solista e disco, no “importante” Prémio da Música Brasileira, fará o workshop Guitarra baiana – tradição e modernidade, em que vai partilhar o seu “vasto conhecimento acerca da guitarra baiana”, no dia 20 de julho, às 10h, no Centro Cultural de Amarante.

Haverá ainda um encontro com o grupo brasileiro, para uma conversa moderada por Ivan Lima na Fnac Chiado, às 18h30, do dia 8 de julho, que revisitará a trajetória da banda nascida no ano de 1977.

Com agenda de concertos, conversas e workshops, o grupo, na temporada 2024 na Europa, trará novidades e sucessos que marcaram a carreira, tratando-se de um “caso raro” de uma banda que se mantém unida até os dias de hoje e que se tornou uma “referência obrigatória” da música brasileira, sobretudo depois de criar temas “consagrados que marcaram gerações e liderarem os tops das rádios”, como “Menino Deus”, “Abri a Porta”, “Palco”, “Zanzibar”, “Beleza Pura”, “Semente do Amor”, “Pororocas”, “Saudação à Paz” e “Frutificar”.

Parcerias com Moraes Moreira e Fausto Nilo e composições feitas especialmente para A Cor do Som por Caetano Veloso e Gilberto Gil garantiram entradas diretas e pela “porta grande” em emissoras de rádio e TV, culminando em espetáculos “esgotados” por todo o Brasil. O álbum comemorativo dos 40 anos de carreira “ilustra bem as credenciais do supergrupo” e contou com participações dos artistas Caetano Veloso, Daniela Mercury, Gilberto Gil, entre outros.

Estávamos em 1977 quando os cinco rapazes do recém-formado grupo A Cor do Som “surpreenderam” o Brasil com uma “peculiar” fusão musical, e no ano seguinte surpreenderam o mundo quando se estrearam no palco do Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, em julho de 1978.

“Com sua inusitada e orgânica fusão de pop, choro, trio elétrico e progressivo, A Cor do Som foi a grande surpresa da música brasileira em fins dos anos 1970, antecipando o rock que iria imperar na década seguinte. A partir do século XXI, o original som d’A Cor, que antecipava a mistura do rock com ritmos brasileiros, voltou a ser valorizado, citado como referência por muitos dos artistas “, comenta Antônio Carlos Miguel (jornalista brasileiro especializado em música), sobre o sucesso da banda.

O “galardoado” grupo tem 14 discos e um DVD editados, e continua com a formação intacta ao longo de mais de quatro décadas de carreira. Tanto em gravações como nos espetáculos, A Cor do Som traz participações super especiais de artistas como Caetano Veloso, Daniela Mercury, Moraes Moreira, Gilberto Gil, Roupa Nova, 14 Bis, Lulu Santos, Skank, Djavan, Paulinho Moska, Samuel Rosa e Flávio Venturini.

Além do Grammy Latino pelo “Álbum Rosa”, A Cor do Som coleciona outros troféus como o dos Prémios Sharp, pelo disco “A Cor do Som Ao Vivo no Circo” e o Prémio Tim de Música, pelo trabalho “A Cor do Som Acústico”. Colhendo os frutos dessa carreira de sucesso, em 2023 estreou a série documental O Som da Cor – A história e as aventuras da A Cor do Som, que recorda a trajetória do grupo desde o processo da formação musical dos seus integrantes nos anos 60 até os dias de hoje.

Dadi Carvalho é baixista e compositor reverenciado por artistas como Caetano Veloso, para o qual compôs a canção “Leãozinho. Dadi é parceiro e acompanha Os Tribalistas e Marisa Monte desde o início. O músico fez parte dos Novos Baianos na formação original, ainda no começo dos anos 70, além de ter acompanhado a banda de Jorge Benjor.

Armandinho Macêdo, guitarrista, bandolinista e compositor tem mais de 55 anos de carreira e 40 discos lançados. Armandinho é filho de Osmar, um dos inventores do trio elétrico, que se tornou uma “referência” do carnaval da Bahia, com a sua guitarra baiana. O artista foi homenageado por Caetano Veloso com a música “Armandinho” e por Baden Powell com a música “Um abraço no Trio Elétrico”. O artista acaba de ser premiado na categoria Instrumental, como solista e disco, no prestigiado Prémio da Música Brasileira.

Mú Carvalho é pianista, compositor e produtor musical responsável por “inúmeras” bandas sonoras de sucesso da TV Globo. Mú compôs canções que estouraram nas vozes dos Roupa Nova como “Sapato Velho” e as gravadas pelos A Cor do Som como “Semente do Amor”, “Magia Tropical” e “Alto Astral”, entre outros sucessos.

Ary Dias, percussionista e compositor baiano fez parte das bandas de Gilberto Gil, Rita Lee e Jorge Benjor. O mestre da percussão, que tem discos solo e em parceria, influenciou artistas como o compadre Carlinhos Brown (com quem já dividiu o palco diversas vezes), e tocou com nomes internacionais como Toots Thielemans e Carlos Santana.

Gustavo Schroeter é baterista e atuou nas bandas de Zé Ramalho, Jorge Benjor e João Donato. O músico integrou também a “A Bolha” (The Bubbles), banda seminal do rock progressivo brasileiro.

Fotografia de capa de A Cor do Som por Daryan Dornelles.