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“Mais Pesado é o Céu”, de Petrus Cariry, vence 15.º FESTin

Escrito por em 12/05/2024

O filme brasileiro “Mais Pesado é o Céu” foi galardoado com o prémio de melhor longa metragem de ficção e a melhor realização atribuída a Petrus Cariry. “De Longe Toda Serra é Azul“, também do Brasil, recebeu o prémio de melhor documentário. A curta metragem vencedora da 15.ª edição do FESTin foi a angolana “Joia“.

O prémio Pessoa de melhor longa de ficção do 15.º FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa foi para “Mais Pesado é o Céu”, do Brasil. O júri constuído por Cesar Meneghetti, Dulce Fernandes e Eric Santos, considerou a realização “magnífica num filme sufocante, apesar dos vastos horizontes do Ceará, e o retrato do desencontro das almas e do desespero da condição humana”.

Entre os documentários, o vencedor foi “De Longe Toda Serra é Azul“, de Neto Borges. O júri composto por Jorge Pais, Ilana Oliveira e Paula Sousa, entendeu que o documentário foi “muito bem contado e que não só aborda a história do Brasil profundo, mas também oferece uma visão atual e essencial sobre o legado dos povos indígenas. Com imagens impressionantes e entrevistas envolventes, o documentário desafia os espectadores a repensarem as suas noções de progresso e desenvolvimento”.

Na categoria de curtas metragens, a vencedora foi “Joia“, de Jonathan Samukange. Segundo o júri, formado por João Carlos, Pedro Henriques e Aleixei Waichenberg, “Joia” é um filme “corajoso, de interpretações densas que retratam uma luta histórica pela sobrevivência. Fotografia impecável, curvas de dramaturgia audaciosas, contrapontos de doçura e violência, realidade e fantasia poética. Com realização e cuidados de finalização diligentes e um argumento dramático muito bem realizado que na grande tela se resolvem, mas que exigem um longo diálogo de reflexão”.

No Festin deste ano foi explorado o tema da diversidade, imigração, direitos humanos e música, com uma variedade de filmes e de países participantes da lusofonia. A organização, citada em comunicado enviado à imprensa, apresenta-se “verdadeiramente feliz” com o resultado. No balanço geral do festival, as organizadoras crêem que “tudo esteve muito acima das expectativas”.

Na 15.ª edição, o FESTin afirma ter reforçado “ainda mais a importância de compartilhar o cinema produzido em português”. Segundo a organização, o “foco em aspetos essenciais para fortalecer as coproduções, programas de apoio à distribuição internacional de filmes e ações de promoção do cinema, esta iniciativa estimula a difusão, a interculturalidade e a inclusão social entre os cidadãos dos nove países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Respeitando e valorizando a diversidade cultural de cada nação”.

O carácter itinerante do Festival, ao longo dos 15 anos, “tem deixado uma marca positiva e notória, não apenas nas edições realizadas em Lisboa, mas também nas suas apresentações em Angola, em São Tomé e Príncipe, em Timor Leste, em Cabo Verde, na Guiné-Bissau e no Brasil. A particularidade dos filmes exibidos durante o Festival destaca-se pela criatividade e originalidade das obras, muitas das quais independentes das pressões da indústria cinematográfica. Realizadores e produtores têm a oportunidade de partilhar visões autênticas e diversas, frequentemente ligadas à cultura dos seus países”.

O FESTin assegura que continuará a “importante missão de difundir, apoiar e promover o cinema, que tem como legado cultural comum, a língua portuguesa (falada atualmente por 270 milhões de pessoas), contribuindo para transformar a comunidade de países de língua portuguesa em uma comunidade de cidadãos irmãos”.

PALMARÉS DO 15.º FESTIN

Prémio Pessoa Melhor Filme Ficção
“Mais Pesado é o Céu”, de Petrus Cariry

Menção Honrosa Longa-Metragem
“A Festa do Léo”, de Luciana Bezerra e Gustavo Melo

Melhor Filme Longa-Metragem voto do público
“Na Mata dos Medos”, de Antômio Borges

Prémio Pessoa Melhor Realizador de Ficção
Petrus Cariry, com “Mais Pesado é o Céu”

Prémio Pessoa Melhor Ator
Caco Ciocler, em “As Polacas”

Prémio Pessoa Melhor Actriz
Cintia Rosa, em “A Festa de Léo”

Prémio Pessoa Melhor Documentário
“De Longe toda Serra é Azul, de Neto Borges

Menção Honrosa de Documentário
“Rua Aurora – Refúgio de Todos os Mundos”, de Camilo Cavalcante

Melhor Documentário voto do público
“Lindo”, de Margarida Gramaxo

Prémio Pessoa Melhor Curta-Metragem
“Joia”, de Jonathan Samukange

Menção Honrosa Curta-Metragem
“Bodas de Ouro”, de Liza Gomes

Melhor Curta-Metragem voto do público
“Joia”, de Jonathan Samukange

Melhor filme Infantil voto do público
“Bonita de Rosto”, de Ana Squilanti

Melhor filme Mostra Os Diferentes Sotaques da Lusofonia
“O Afinador de Silêncios”, de Mário Patrocínio