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“Grito” de Iolanda a caminho da Eurovisão

Escrito por em 12/03/2024

A cantora Iolanda, com o tema “Grito”, venceu a 56.ª edição do Festival da Canção e vai representar Portugal no 68.º Festival Eurovisão da Canção, em maio, na Suécia.

Iolanda estará como representante de Portugal em Malmo, na Suécia, 50 anos depois da primeira vitória daquele país no Festival Eurovisão da Canção, com o tema “Waterloo”, dos ABBA.

A TunetRádio conversou com Iolanda após um showcase de apresentação de novos artistas à imprensa, na véspera do arranque do Nos Alive 2023.

A canção “Grito” foi escolhida entre 12 temas finalistas por um método de votação em que metade da pontuação foi atribuída por um júri, composto por representantes de sete regiões de Portugal continental e ilhas, e a outra metade por voto direto do público.

As restantes 11 canções em competição foram: “Change”, de Silk Nobre; “Criatura”, de Rita Onofre; “Memory”, de Noble; “O Farol”, de Buba Espinho; “Teorias da conspiração”, de Nena; “Aceitar”, de No Maka (Emanuel Oliveira e Duarte Carvalho), com Ana Maria; “Primavera”, de Cristina Clara; “Pontos finais”, de Rita Rocha; “Doce Mistério”, de Leo Middea; “Bem longe daqui”, dos Perpétua; e “Pelas Costuras”, de João Borsch. Este último, com uma prestação arrojada, ganhou a votação do público e ficou em segundo lugar com 18 pontos (5.º para o júri e 1.º no televoto).

Alvo de xenofobia após a prestação na eliminatória do Festival da Canção, Leo Middea deu a volta por cima e conseguiu um honroso terceiro lugar (2.º para o júri e 3.º no televoto).

Após o “pódio”, a “menção especial” foi para Silk Nobre, que com o seu cinematográfico “Change” conseguiu 12 pontos e o quarto lugar (4.º para o júri e 6.º no televoto).

Na celebração dos 50 anos do 25 de Abril, Filipe Melo e Samuel Úria produziram o melhor momento da noite, ao convidarem Ana Lua Caiano, Alex D’Alva Teixeira, Luca Argel e Paulo de Carvalho para interpretarem “Que Amor Não me Engana” (José Afonso), “Liberdade” (Sérgio Godinho), “Tanto Mar” (Chico Buarque) e “E Depois do Adeus” (José Calvário e José Niza). Que momento bom.

Outro momento singular foi o de homenagem aos ABBA pelos insuspeitos The Black Mamba. Apesar de Tatanka assumir não ser um conhecedor “a fundo” da obra dos suecos, a criação foi bastante feliz, com a ajuda na interpretação dos ex-vencedores do Festival da Canção Anabela, Mimicat e Tó Cruz. “Dancing Queen”, “Voulez-vous”, “Fernando”, “Gimme! Gimme! Gimme!”, “Mamma Mia” e “Waterloo” foram os hinos pop escolhidos.

A Suécia venceu em maio do ano passado a 67.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, disputada em Liverpool, no Reino Unido, com o tema “Tattoo”, interpretado por Loreen, que já tinha conquistado o primeiro lugar no Festival da Eurovisão da Canção em 2012, com “Euphoria”. Foi a 7.ª vitória da Suécia no Festival Eurovisão da Canção, depois dos triunfos de 1974, 1984, 1991, 1999, 2012 e 2015.

Portugal classificou-se no ano passado em 23.º lugar, com Mimicat e a canção “Ai coração”, e venceu a competição em 2017, com “Amar pelo dois”, canção escrita por Luísa Sobral e interpretada pelo irmão, Salvador Sobral.