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A Garota Não distinguida com Prémio José da Ponte

Escrito por em 07/02/2024

A cantautora A Garota Não foi distinguida com o Prémio José da Ponte, da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), pelo seu álbum “2 de Abril”, publicado em 2022.

A escolha da distinguida é da responsabilidade do conselho de administração da SPA. A cerimónia de entrega do prémio, que tem o valor pecuniário de 2.000 euros, realiza-se no próximo dia 21, às 18:00, no Auditório Frederico de Freitas do edifício sede da SPA, em Lisboa.

A Garota Não é o pseudónimo artístico de Cátia Mazari Oliveira, que na ocasião “interpretará alguns dos seus temas”, como se lê no comunicado da SPA. Este é o segundo galardão que A Garota Não recebe cooperativa de autores. No ano passado, foi distinguida com o Prémio de Melhor Trabalho de Música Popular, pelo mesmo álbum, no âmbito dos Prémios Autores.

Nas 20 canções de “2 de Abril”, A Garota Não canta sobre temas como a tragédia do Mediterrâneo, a gentrificação, que também afeta Setúbal, ou a faceta ativista do artista chinês Ai Weiwei, e faz uma homenagem ao músico José Mário Branco, convocando assim temas muitas vezes associados à chamada música de intervenção.

Embora seja um trabalho a solo, A Garota Não conta em “2 de Abril” com vários convidados, entre os quais a cantora Ana Deus, que lê um poema de Francisca Camelo, o rapper Chullage e o baterista Fred Pinto Ferreira.

A cantautora, de 40 anos, antes da edição de “2 de Abril”, publicou o seu primeiro disco, “Rua das Marimbas n.º 7”, em 2019, e trabalhou numa estação de rádio. O álbum “2 de Abril” foi colocado pela revista Blitz, entre os 50 Melhores Álbuns Portugueses de 2022, e foi considerado pela rádio Antena 3 e a Altamont como o melhor do ano. No ano passado A Garota Não venceu o Globo de Ouro SIC/Caras de Melhor Intérprete.

O Prémio José da Ponte existe desde 2015, ano em que, aos 60 anos, morreu o baixista que fez parte de bandas como os Salada de Frutas e que foi cofundador dos Estúdios Namouche. José da Ponte iniciou carreira em 1976 com a participação no disco “Homo Sapiens”, do projecto Saga, de José Luís Tinoco.

No ano passado, o Prémio José da Ponte distinguiu o álbum “Chá lá lá”, de Miguel Araújo. Antes foram premiados Rita RedShoes, em 2022, Luís Severo, em 2021, Samuel Úria, em 2020, Márcia, em 2019, Diogo Piçarra, em 2018, Capicua, em 2017 e Agir, em 2016. Na primeira edição, em 2015, o Prémio José da Ponte foi atribuído aos D.A.M.A..

Fotografia de capa por Pedro Semedo no FMM Sines 2023.

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