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Persistente Rita Laranjeira com um CV invejável aos 18 anos

Escrito por em 12/10/2023

“Jump”, “Clouds”, “Flowers”, “Oh Boy”, “Canções” e o mais recente “Toque” são os temas mais reconhecíveis de Rita Laranjeira que a TunetRádio testemunhou ao vivo no festival Sol da Caparica, em agosto de 2023, uma verdadeira lufada de ar fresco na música, dança e empatia com o público no panorama da música nacional.

Com apenas 18 anos (nasceu em Sintra a 3 de março de 2005), a cantora prepara um EP, a editar até ao fim do ano, e o álbum de estreia, que verá a luz do dia em 2024. A jornalista Daniela Azevedo, da TunetRádio, foi ao CCB conversar com a multifacetada artista, na qual foi usado parte do cenário do evento ecológico Cidade do Zero.

Aos 13 anos, Rita Laranjeira foi escolhida como a representante de Portugal no Junior Eurovision Song Contest (Festival Eurovisão da Canção Júnior), em Minsk, na Bielorrúsia, com uma canção assinada por João Só.

Uma experiência “inesquecível” e que a fez perceber de vez que era em cima do palco que queria viver a sua vida e dar asas à sua criatividade. A experiência foi de tal forma “enriquecedora e impactante na jovem” que, quando regressou a Portugal, começou a escrever a sua primeira canção para exprimir tudo o que viveu nesses dez dias em que representou o país no Festival Eurovisão da Canção Júnior.

Essa primeira canção, ainda em inglês, “acendeu uma veia criativa que só a motivou a escrever mais músicas. Sem medos nem pruridos, brincava com o piano, compunha alguns acordes, aliava uma letra e uma melodia e, assim, as canções foram surgindo”, lê-se na apresentação da Universal Music Portugal, a sua editora.

Aos 14 anos teve a oportunidade de entrar pela primeira vez num estúdio profissional e começar a gravar as suas canções. Foi adquirindo experiência, dando concertos, como foi o caso do Eurovision Live Concert 2019 e do Concerto Solidário Nazaré-Moçambique. Hoje “sabe bem o que quer e tem a ambição certa para fazer justiça ao talento inato que revela de cada vez que a sua voz se transforma em música”.

A verdade é que a música “sempre fez parte da sua vida, do seu quotidiano”. As canções pop estiveram “sempre no seu horizonte de predileções, mas, ao mesmo tempo, não descurou a formação”, tendo ingressado no Conservatório de Música de Sintra nas disciplinas de Violino, Orquestra, Formação Musical e Coro, e foi tendo aulas de colocação de voz e canto, piano e de teatro musical.

Chegou a integrar o Coro Juvenil de Lisboa e, assim, participar em óperas e concertos encenados no Teatro Nacional de São Carlos, Coliseus de Lisboa e Porto e Centro Cultural de Belém. Este percurso “espelha a determinação com que se dedica à música. Uma entrega de corpo e alma, como foi possível comprovar quando interpretou no The Voice Portugal canções como “The Writing on the Wall”, de Sam Smith, “Alive”, de Sia, ou “Skinny Love”, de Birdy.

Rita Laranjeira pode ter uma “personalidade criativa múltipla, que tanto a faz ouvir música erudita como bossa nova ou música eletrónica. Ou a ter como referências artistas pop como Dua Lipa, Rita Ora ou H.E.R.”, refere a nota. 2021 foi um ano “intenso de trabalho para mostrar finalmente ao mundo o que vale em nome próprio”. Dedicando-se a construir repertório e a compor com outros parceiros, Rita tem trabalhado com nomes como Ivandro, Diogo Piçarra, Left. e Átoa.

Fotografia de capa por Carlos Almeida, no festival Sol da Caparica.