Capicua: “‘Madrepérola’ é o meu melhor trabalho até ao momento”
Escrito por TunetRádio em 25/05/2023
O disco chama-se “Madrepérola” numa clara alusão à maternidade, já que foi gravado durante e depois de uma gravidez que foi ele próprio um processo de longa gestação. Como um parto, é um disco de superação e renascimento.
“Ostra feliz não faz pérola” é a frase (de Rubem Alves, autor e pensador brasileiro) que serve de abertura ao disco e ao seu primeiro single homónimo, precisamente porque as ostras só fazem pérola quando têm um grão de areia a incomodá-las. Vão cobrindo o grão de areia com uma baba e acabam por fazer uma pérola, numa metáfora perfeita para isto da gestão dos incómodos da vida e sua sublimação em arte e amor. A música e a maternidade têm tanto de beleza e abnegação, como de desconforto e superação. Não é por acaso que a ideia de “criação” serve para a arte e para os filhos e este disco fala de tudo isso.”
Nos pós-concerto no Xira Sound Fest, Capicua conversou com Filipe Pedro (Castor Mateus) sobre “Madrepérola”, a maternidade, Língua Franca, o segundo volume do projeto Mão Verde (Capicua, Pedro Geraldes, Francisca Cortesão e António Serginho), a dificuldade em concretizar um concerto do álbum “SG Gigante” e o processo de criação das letras para o novo álbum de Aldina Duarte, com lançamento em breve.