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Revelada a programação do Sónar+D

Escrito por em 16/03/2023

Na ‘véspera’ da 30.ª edição do Sónar Barcelona foi revelada a programação do Sónar+D a duas semanas do arranque do Sónar Lisboa 2023, a segunda edição portuguesa.

Depois de conhecida a programação musical completa e revelados os horários e palcos das atuações do Sónar Lisboa 2023, foi hoje apresentada a programação do Sónar+D, que decorre na Estufa Fria no Parque Eduardo VII, “ponto de convergência de toda a programação” da segunda edição do festival, pode ler-se no comunicado de imprensa.

Após o “sucesso” da primeira edição, o Sónar+D Lisboa 2023 “volta a afirmar-se como ponto de encontro imperdível para profissionais e fãs de todas as indústrias criativas, com destaque para a arte, música, ciência e tecnologia, que se afirmam como força motriz da mudança no século XXI”, avança a organização. A entrada no Sónar+D Lisboa 2023 é gratuita mediante a apresentação de bilhete de acesso à programação musical do Sónar.

De salientar que uma das novidades do Sónar Lisboa em 2023 é a instalação da “Plaça de Barcelona”, uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Barcelona para criar pontes entre as principais cidades europeias, que escolheu a capital portuguesa para a sua estreia internacional. A instalação “itinerante e interativa” estará localizada no Parque Eduardo VII, junto à Praça Marquês de Pombal.

O “dinamismo económico impulsionado” pelas empresas tecnológicas de Barcelona e Lisboa será o “principal protagonista” do programa, que contará também com mesas redondas e conversas para partilhar ideias, opiniões e oportunidades neste setor. As atividades sobre start-ups, video gaming, indústrias criativas, green deal e gastronomia, terão início na sexta-feira 31 de março ao meio dia e decorrerão ao longo de todo o fim de semana.

Sónar+D – Exposição Sediment Nodes e Clothilde

Na segunda edição do Sónar Lisboa, a exposição “Sediment Nodes” vai ocupar a Estufa Fria ao longo dos três jardins distintos: estufa fria, estufa quente e estufa doce.

“O espaço acolhe uma peça do Entangled Others Studio, prática experimental de Feileacan McCormick, artista generativa, e Sofia Crespo, Neural Artist, de Lisboa. “Sediment Nodes” será apresentada em vários painéis LED ao longo de toda a Estufa Fria e explora as conexões e interconexões do que assumimos inerte, mas perturbado, das complexidades de cor e luz escondidas de nós pela escala e pela difusão de luz e osmose dentro de um meio líquido”, revela a organização.

A esta proposta será “acrescentada a resposta musical da autoria de Clothilde e das suas máquinas, como lhe chama, (máquinas modulares construídas de raiz para que a artista possa criar as suas ambiências únicas). Trata-se de uma banda sonora capaz de unir o espaço e criar uma viagem única ao alcance de todos os públicos ao longo do festival.

Esta exposição enquadra-se no tema global de “Realidades Naturais Ampliadas”, em que iremos olhar para diferentes aspetos da amplificação sensorial como parte integrante da cultura da música electrónica. Procura-se explorar a forma como a tecnologia e a inteligência artificial podem expandir a nossa percepção do mundo, numa experiência audiovisual imersiva capaz de criar novos vínculos entre nós, humanos, a tecnologia e o mundo natural”, descreve o comunicado.

Sónar+D – Espetáculos AV

A Nave da Estufa Fria irá acolher a segunda componente do Sónar+D, a dos espetáculos AV, experiências musicais ao vivo que surgem da interação entre criatividade, música, tecnologia e inovação. Com uma “profunda” componente audiovisual e tecnológica, vão proporcionar um contacto com os artistas que estão a explorar as interseções da ciência e tecnologia, utilizando tecnologias digitais.

31 de março – META de CLON e Ana Quiroga

A compositora, produtora e sound designer espanhola Ana Quiroga e a artista britânico-espanhola Estela Oliva, ambas artistas sediadas em Londres, vêm ao Sonár+D apresentar META, uma “viagem audiovisual imersiva a mundos futuros e desconhecidos, realizada ao vivo, como uma simulação de jogo com uma banda sonora também criada ao vivo. Inspirado por narrativas de ficção científica e estética ciberpunk, o espectáculo convida o público a explorar cenários ficcionais retratando mundos utópicos e distópicos interligados. A performance é apresentada como uma visão em FPV (first person view), permitindo ao público sentir-se totalmente imerso no jogo simulado e na sua narrativa, como um viajante transitório do espaço virtual. Durante o espectáculo, o CLON realiza uma viagem ao vivo, através de um mundo especulativo composto por 5 cenas, utilizando ferramentas e técnicas de jogos de vídeo”.

1 de abril – I CHOOSE NOT TO DIE de GLOR1A

GLOR1A é uma artista multidisciplinar enraizada na música e na tecnologia ligada à arte visual, criando mundos tanto na realidade como para públicos online. Com o seu trabalho “desafia a sub-representação das mulheres negras na ficção científica e no mito. O trabalho de GLOR1A tem figurado em muitas plataformas online, impressas e de rádio, incluindo The Wire Clash Magazine, The Metro e BBC. Tem apoiado grandes artistas, incluindo Green Tea Peng e actuou em locais e festivais como Glastonbury, Mutek Montreal, e Somerset House. No ano passado GLOR1A estreou uma peça como parte da British Council Amplify Artist Residency, para desenvolver tecnologia ligada à arte ao vivo. Iniciou ainda a Nine Nights TV juntamente com 3 artistas Black British estabelecidos, uma empresa de produção musical de propriedade de Black-owned, programando 35 artistas em todo o mundo, abrangendo música Black, arte visual, filmes e performances, recebendo doações para instituições de caridade focadas em negros”.

I CHOOSE NOT TO DIE – Realidade Aumentada

I CHOOSE NOT TO DIE é uma “performance musical ao vivo, inovadora, que utiliza a realidade aumentada para sobrepor um mundo digital ancestral em que a natureza se propaga e recoloniza os fundamentos da performance. Este projecto assume o tradicional cubo branco para uma experiência de performance inovadora em várias camadas, acompanhada por uma experiência de R.A. baseada na web, acessível a um público global. São criados códigos QR únicos projectados no ecrã, convidando o público a participar com os seus telefones no espectáculo. Esta performance estreou no Mutek, Argentina, em setembro de 2022 e contém imagens da artista canadiana Frances Adair”.

O Sónar é um festival europeu “pioneiro”, que “marca” a agenda da música eletrónica e da cultura digital desde a sua primeira edição, em 1994. Há 3 décadas que o Sónar “transforma” anualmente Barcelona no ponto de encontro para os amantes de música, artistas e profissionais de todo o mundo, atraídos pelo formato e conteúdos “inovadores”, e pelo ambiente de festa.

Fiel ao seu nome, o Sónar “reflete e amplifica” o cenário musical presente e futuro, acolhendo os artistas mais influentes do momento nos seus múltiplos palcos e salas. É como um “laboratório de novas e emergentes tendências que estão na interseção entre performance, música, ciência, tecnologia da informação e mais além”.

Após três décadas e mais de 100 edições em todo o mundo, o Sónar continua a redefinir o que um festival pode ser, removendo barreiras e estabelecendo conexões entre públicos, géneros e disciplinas criativas.

Em 2023 o Sónar embarca mais uma vez numa digressão internacional, depois de três décadas em que organizou mais de cem edições em 35 cidades espalhadas pelo mundo. As comemorações dos 30 anos começam com a segunda edição do Sónar Lisboa, que decorre no coração da capital portuguesa mesmo antes da Páscoa, nos dias 31 de março, 1 e 2 de abril. A digressão continua nos dias 28 e 29 de abril com a sétima edição do Sónar Istanbul e culmina com a comemoração da 30.ª edição do Sónar Barcelona, ​​nos dias 15, 16 e 17 de junho.


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