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Surma: “Este álbum sou eu na minha essência”

Escrito por em 11/11/2022

Uma das artistas favoritas da TunetRádio está de volta com um novo álbum de originais. Castor Mateus escutou o disco (em primeira mão) e conversou com Surma.

Lançado a 11 de novembro de 2022, “Alla” é o nome do segundo longa-duração de Surma, e sucessor de “Antwerpen”. Castor Mateus é conhecido por apreciar ilhéus (“Islet”, o primeiro single do novo álbum, foi editado em outubro) e marcou presença na Collect, no Cais do Sodré, onde foi possível escutar, em primeira mão, os 10 temas (mais um tema escondido, “Nico, My Love”, na boa tradição do que se fazia nos anos noventa) de “Alla”.

“Etel.vina”, “Islet”, “Tous Les Nuages”, “Nyanyana”, “Tergiverso”, “Huvasti”, “Myrtise”, “Aida”, “Did I Drop Acid And This Is My Ego Death” e “Biyelka” são as músicas que compoem o disco.

Cabrita, Victor Torpedo, Selma Uamusse, Ana Deus, João Hasselberg, Pedro Melo Alves, Noiserv, Ecstasya, Joana Guerra e Angelica Salvi são os convidados (de luxo) que auxiliam Surma a aumentar a dimensão e qualidade do caldeirão onde parece caber (quase) tudo.

Em conversa com Castor Mateus, Surma descortinou “Alla”, os convidados do álbum, a colaboração fraternal com os Casota Collective no incrível vídeo de “Islet”, a vontade de mostrar o disco ao vivo em Portugal e no estrangeiro, e ainda respondeu às rubricas “Mata Mata” e “Jukebox Cultural”.

Depois de 5 anos, mais de 250 concertos em 18 países, e inúmeros projetos paralelos, que vão de bandas sonoras, música para bebés, para teatro, para dança ou colaborações com outros músicos, Surma anuncia finalmente o segundo disco de originais.

“Alla” é o nome do novo trabalho da prolífica compositora, intérprete, produtora e performer – uma das mais originais e intensas que Portugal viu crescer nos últimos anos – que sucede ao aclamado disco de estreia “Antwerpen”, de 2017.

Em “Islet”, Surma arrisca traduzir as experiências menos boas vividas durante o seu período de formação. Um legado tão marcante que a levou a cantá-lo como que a expiar toda a carga negativa, celebrando o impulso e a certeza que sempre teve em assumir a sua identidade.

A acompanhar o tema chega também o surpreendente vídeo, uma grande produção realizada mais uma vez em colaboração com a Casota Collective. Nele, a artista cristaliza a ode à auto-determinação, recorrendo às referências artísticas e cinematográficas que a ajudaram a superar os obstáculos, as mesmas que acabaram também por ser a base para muita da sua construção pessoal e artística. São seis minutos de um gentil mergulho no seu cosmos sonoro e visual único, pleno de paisagens fonéticas e geográficas por explorar, qual raio de esperança e força universal para quem viva ou tenha vivido estas dificuldades.

Com selo da sua casa de sempre, a Omnichord Records, “Alla” vai continuar a catalogar de incatalogável o trabalho de uma artista ímpar. Podem encontrá-la nos concertos de apresentação de “Alla”, onde se apresentará em trio, com João Hasselberg (contrabaixista) e Pedro Melo Alves (baterista e percussionista) no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria (6 de dezembro), no Gnration, em Braga (10 de dezembro), no Novo Ático – Coliseu Porto Ageas (11 de dezembro), no Gretua, em Aveiro (16 de dezembro) e na Culturgest, em Lisboa (17 de dezembro).

Fotografia de capa por Rui Palma.