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Pippo Delbono leva “Amore” ao S.Luiz

Escrito por em 07/11/2022

O italiano Pippo Delbono estreia-se, na terça-feira, no Teatro S. Luiz, com “Amore”, onde se cruzam fado e escritores lusófonos.

Além do ator e encenador, o espetáculo reúne intérpretes como Aline Frazão, Pedro Joia, Miguel Ramos e colaboradores próximos de Delbono, que dão corpo a textos de autores que vão de Florbela Espanca a Sophia de Mello Breyner Andresen, Daniel Filipe ou Carlos Drummond de Andrade.

“Amore” é uma “viagem musical e lírica através de uma geografia externa” que, além de Portugal, inclui Angola e Cabo Verde, e “uma viagem interna, a das cordas da alma que vibram com a mínima batida de vida”, pode ler-se no site do S. Luiz, sobre o espetáculo.

O artista, que é presença assídua no Festival de Almada – onde em 2014 apresentou “Orquídeas”, a que se seguiram “Evangelho”, em 2017, e “A alegria”, em 2018 – estreia em Portugal um espetáculo marcado por notas de fado, “que explodem em impulsos energéticos através da voz dos seus cantores, bem aberta, chegando a todos os cantos da sala”.

“O ritmo, ora de uma parada, ora de um ‘tableau vivant’, ora de uma lenta procissão”, prossegue a apresentação do espetáculo, na página do S. Luiz na Internet, permite a imagem de “um quadro que muda de cores, aquece e arrefece”.

Carlos Drummond de Andrade, Eugénio de Andrade, Daniel (Damásio Ascensão) Filipe, Sophia de Mello Breyner Andresen, Jacques Prévert, Rainer Maria Rilke e Florbela Espanca são os autores das palavras ditas no espetáculo que, segundo Pippo Delbono, “apresenta uma dupla visão do amor”.

“Por um lado – são os textos que ganham voz – metemo-nos todos à procura daquele amor, tentando fugir ao medo que nos invade. Nesta viagem tenta-se evitar este amor, apesar de reconhecermos constantemente a urgência; procuro-o, mas também o quero, e é exatamente isto que causa medo. Mas o caminho – feito de músicas, vozes, imagens – consegue, talvez, levar-nos a uma reconciliação, a um momento de paz onde esse amor se possa manifestar além de qualquer medo”, acrescenta a página do S. Luiz citando o ator e encenador.

Num espetáculo onde existe canto, música, dança, “Amore” tem cinco representações no S. Luiz, de terça-feira a sábado, sempre às 20:00. Na quinta-feira, após o espetáculo, “Pippo, Lisboa, Amor” dão mote à conversa sobre a criação do espetáculo, com Pippo Delbono, Aline Frazão, Pedro Jóia, Miguel Ramos, Renzo Barsotti e Joana Villaverde. A conversa é conduzida por Tiago Bartolomeu Costa.

Falado em italiano e português, com legendas em português e inglês, “Amore” tem criação e direção de Pippo Delbono, com músicas originais de Pedro Joia, entre outras de vários autores, e fica em cena na sala Luis Miguel Cintra.

A interpretar estão Dolly Albertin, Gianluca Ballarè, Margherita Clemente, Pippo Delbono, Ilaria Distante, Aline Frazão, Mario Intruglio, Pedro Jóia, Nelson Lariccia, Gianni Parenti, Miguel Ramos, Pepe Robledo e Grazia Spinella. A cenografia é de Joana Villaverde e os figurinos são de Elena Giampaoli.

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