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Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva vai receber e apoiar artistas

Escrito por em 03/03/2022

A Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva vai receber na Casa Atelier Vieira da Silva, em Lisboa, até quatro artistas ucranianos que queiram vir para Portugal, atribuindo uma bolsa mensal de 650 euros a cada, para poderem trabalhar em segurança.

“Face à situação criada pela invasão russa na Ucrânia”, a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva receberá quatro artistas no imediato, a quem “será atribuída pela Fundação uma bolsa mensal de 650 euros, por um período a definir, que lhes permita a continuação do seu trabalho em segurança – agora no atelier que foi de Maria Helena Vieira da Silva e de Arpad Szenes”, anunciou a fundação em comunicado.

A fundação vai disponibilizar também espaços nas suas instalações, para que os artistas em residência possam expor as suas obras. A iniciativa abrange no imediato quatro artistas, mas pretende em breve aumentar o número de artistas a beneficiar deste novo “Apoio Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva a artistas ucranianos”, estando, para tal, a fundação em contacto com empresas do ramo hoteleiro.

Para operacionalizar este programa, está também em contacto com as autoridades portuguesas e a Embaixada da Ucrânia em Lisboa, bem como com galerias e outras instituições congéneres.

A fundação explica esta sua iniciativa com o cumprimento dos desígnios para que foi criada: “Inspiramo-nos na vida do casal Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szenes, artistas que procuraram viver em paz e em liberdade e que sofreram o exílio durante a II Guerra Mundial, tendo mantido sempre uma postura generosa em relação a outros artistas deslocados”.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.