Zamora e Bragança querem romper fronteira com feira da música
Escrito por TunetRádio em 21/02/2022
As cidades de Zamora e Bragança querem romper a fronteira com uma feira da indústria musical, apresentada hoje em Bragança, e que junta dois mil profissionais portugueses e espanhóis, entre 24 e 27 de março, em Espanha.
A Feira Hispano-Luso da Indústria Musical (FHLIM) estreou-se em 2021 com as fronteiras fechadas pela pandemia de covid-19 e ambiciona marcar, em 2022, a retoma de um dos setores mais afetados pelas restrições sanitárias, como vincaram os promotores na apresentação.
Durante quatro dias, no recinto de feira IFEZA, em Zamora, o certame será um espaço de “partilha, colaboração, debate e procura de soluções para os desafios comuns que o setor da cultura de ambos os países enfrenta”.
O principal “palco” desta feira será o recinto, com 6.000 metros quadrados, da IFEZA, em Zamora, mas a programação estende-se por outros locais da região espanhola, nomeadamente bares e espaços culturais.
Portugal estará representado com promotores dos mais conhecidos festivais nacionais como a Música no Coração, a Omnichord Records de Leiria, o Quintanilha Rock de Bragança, e os artistas Emmy Curl, Francisco Sales, Surma, Cabrita, daguida, Luiz Caracol, Caio, Rogério Charraz, Miguel Gizzas e a jovem banda de Bragança Whales Don´t Fly.
Para os quatro dias, portugueses e espanhóis têm programados 50 concertos e ‘showcases’, 20 conferências e apresentações, além de 150 ‘stands’ no recinto da feira, para a qual estão acreditados 2.000 profissionais, oriundos de Portugal e Espanha e também de países da América Latina.
Ruben Iglésias é um dos autores desta nova proposta que chega de Espanha para reforçar a colaboração com Portugal, um país, como reconheceu, desconhecido no plano musical, do outro lado da fronteira, apesar da proximidade.
O Fado é o mais conhecido em Espanha e o mote de um dos vários festivais que decorrem em Zamora, mas em Espanha ouve-se “muito pouca” música portuguesa, como reconheceu Ruben, concretizando que, quando se propuseram fazer a feira, desconheciam as “tantas empresas, tantos grupos, que existem em Portugal”.
“E na verdade é muito mais fácil, a partir de Zamora, contratar uma empresa que está mais próxima, em Bragança, em Portugal, que contratar empresas ou músicos que estão a 500 quilómetros, em Madrid, Sevilha, Bilbau, Barcelona”, afirmou.