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Nasceu a Associação “A Palavra”

Escrito por em 03/02/2021

“A Palavra” é uma associação cultural sem fins lucrativos que se dedica à produção e promoção de projetos relacionados com a poesia e com a palavra dita, escrita ou performada, nas suas múltiplas vertentes e possibilidades. É nesse âmbito que pretende dar voz às novas tendências e expressões artísticas em torno da palavra e do seu cruzamento com outras disciplinas, como a música, ou relacionadas com a imagem (artes plásticas, vídeo e cinema), promovendo nesse sentido eventos, festivais e projetos multidisciplinares de carácter educativo e social.

Por detrás desta Palavra está Alex Cortez, o músico e programador cultural que, na sequência dos vários projetos de sucesso em que se tem envolvido nos últimos anos, explica assim a nova aventura: “… com um grupo de amigos que constitui uma equipa alargada, lançamos uma nova aventura, de que muito irão ouvir falar. É uma associação cultural inteiramente dedicada à palavra nas suas múltiplas vertentes, combinações e possibilidades. Da palavra dita, à performance poética, do spoken word ao poetry slam, da edição ao espetáculo, “A Palavra” irá criar, desenvolver e apoiar projetos que tenham como matriz a expressão poética ou que façam da palavra o seu protagonista principal.”

A partir de agora são dados a conhecer os detalhes dos projetos que estão a ser desenvolvidos pela associação e que prometem agitar os circuitos que com esta área do setor cultural se relacionam:

Cidade Nua

Cidade Nua é a editora da associação “A Palavra”. É uma plataforma de encontro de ideias e projetos, sonhos e delírios, que tenham a palavra como código genético. A palavra dita, cantada, falada, discutida, escrita, pintada, filmada, recortada, grafitada, montada… Sozinha ou acompanhada.

Lisbon Poetry Orchestra

Lisbon Poetry Orchestra (LPO) é um coletivo multidisciplinar formado por quatro músicos que convidam outros artistas para celebrar e interpretar a poesia numa viagem única à descoberta e reinvenção da palavra dita. A LPO aposta na criação de momentos musicais ilustrados pelas imagens projetadas em vídeo e que, pela força da poesia que o completa, induzem o ouvinte/espectador num imaginário único e pessoal.

Formada em dezembro de 2014, a LPO já realizou várias dezenas de espetáculos e, entre outros desafios, gravou um 1.º álbum chamado “De Lisboa para o Mundo” (CCB, março 2015), concebeu e produziu para o Festival Silêncio o espetáculo “Os Surrealistas” (julho 2015), estreou no CCB um espetáculo baseado na compilação da poesia universal “A Rosa do Mundo” e aceitou ainda o desafio de criar “A Poesia das Revoluções”, com a participação de 64 músicos da Banda Sinfónica da PSP (São Luiz, abril 2016).

Em julho de 2016, a LPO apresentou em Setúbal o espetáculo “Poetas do Sado” inteiramente dedicado à obra de poetas sadinos.

Em março de 2108 a LPO edita o CD/livro “Poetas Portugueses de Agora” um trabalho que apresenta uma metodologia criativa singular em que cinco poetas (Valério Romão, Paulo José́ Miranda, Cláudia R. Sampaio, Filipa Leal e Daniel Jonas), a partir de um conjunto de temas musicais e por eles inspirados, escreveram para uma edição que conta com a participação do artista plástico Daniel Oliveira. O resultado foi apresentado na “Festa do Livro” no Palácio de Belém em setembro 2018 num espetáculo com a participação da Orquestra Sinfónica da Universidade de Lisboa dando depois origem a uma tournée que passou um pouco por todo o país.

Próximos Tempos

O próximo trabalho, que se encontra em fase de gravação, incidirá na obra de um conjunto de poetas pertencentes ao movimento surrealista que, tardiamente em relação ao movimento europeu, se afirma em Portugal na década de 40 do Séc. XX.

Este movimento integra os poetas António José Fortes, António Maria Lisboa, Alexandre O’Neill, Mário Cesariny, Fernando Lemos, Henrique Risques Pereira, Carlos Eurico da Costa, Pedro Oom, José Augusto França, Vespeira, António Pedro e Mário Henrique Leiria e é a partir da obra de alguns deles que a LPO irá desenvolver um imaginário estético e musical numa visão contemporânea mas onde as técnicas e o estilo deste movimento serão a sua principal influência.

Este projeto visa ainda a criação de múltiplos suportes em formato físico e digital com forte teor interativo com os públicos alvo destes formatos (um livro em formato sketchbook com dois CD, uma edição em vinil, site, canal youtube, redes sociais e ainda plataformas de distribuição na Internet).

YO . Youth Orchestra

Orquestra formada por jovens adolescentes com idades entre os 12 e os 16 anos, oriundos de famílias carenciadas, mas não só, e que pressupõe ações de formação nas áreas da música e palavra dita. Conceptualmente irá desenvolver uma vertente estética e musical em que a palavra aparece como principal veículo de transmissão de mensagens de caráter interventivo, poético e (ou) narrativo, entre a Spoken Word e o Rap.

Bolsa de Poetas

A poesia por quem a trabalha! Quem melhor do que os poetas para dizer o que escrevem, para dizer com a sua voz outros que os inspiram, arrepiam, confrontam… Quem melhor que os poetas para nos guiarem pelos mundos em que habitam e de que se alimentam. São as visões, as revisões e as evasões por poetas como Fernando Pinto do Amaral, José Anjos, Nuno Moura, Claudia R. Sampaio, Golgona Anghel, etc

Bolsa de Dizedores

No início era o verbo, fazer. Mas, na verdade, foi precisa uma emissão de som para ocorrer a célebre frase “Faça-se Luz”. Antes fez-se som, o som da palavra. O som da palavra que provoca reações e faz acontecer coisas. Idealmente dias felizes, pessoas melhores, mundos mais luminosos. Os nossos dizedores são daqueles que têm a capacidade de transformar versos em imagens, um poder sinestético já muitas vezes comprovado por aí… E não só dizem como também escolhem poetas para dizer o que lhes vai na alma, a uns e outros.

MAP-Mostra de Artes da Palavra

MAP é um festival pluridisciplinar e transversal que tem a palavra como motor. É poesia sob todas as formas, da música às artes plásticas, das conferências aos workshops, dos debates às conversa, da culinária à cidadania, da escola ao espaço público e mediático. MAP é uma forma de redefinir fronteiras e territórios, revisitar o real e inventar o imaginário. Em Oeiras.