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Miguel Bonneville estreia novo trabalho no Circular

Escrito por em 25/09/2020

A 16.º edição do Circular – Festival de Artes Performativas de Vila do Conde apresenta este fim de semana os seus derradeiros espetáculos, com destaque para a estreia nacional do mais recente trabalho de Miguel Bonneville.

Numa coprodução com a música Clothilde, o criador leva ao palco do auditório municipal vilacondense, esta sexta-feira, “A Importância de Ser Alan Turing”, uma performance inspirada no trabalho do matemático britânico, precursor da computação e inteligência artificial, que ficou sobretudo conhecido por ter liderado a equipa que descodificou as mensagens alemãs durante a II Guerra Mundial.

O espetáculo questiona a construção e reconstrução da(s) identidade(s) e as fronteiras entre desejo e ciência, levando o espectador a entrar num mundo imersivo de sons e luzes, onde pode fruir de diversas sensações.

“Os meus últimos trabalhos pretendem proporcionar experiências, para que as pessoas possam largar a forma convencional da arte e se centrem na emoção e no impacto, para depois refletir. Neste espetáculo temos uma espécie de guião, mas onde podemos improvisar. Será a música que determina a nossa coreografia”, explicou à agência Lusa Miguel Bonneville.

O criador partilhou que este trabalho “começou a ser construído há dois anos, numa primeira num processo solitário de escrita, pesquisa e partilha de materiais”, mas que começou a ganhar forma no último mês, impulsionado por uma residência artística em Faro, no festival Verão Azul, onde foi aprimorada a parte sonora e de interpretação.

“Se o público estiver aberto a ter uma experiência e algumas surpresas acho que vão passar um excelente momento e sair do espetáculo com coisas novas. Vai haver muito improviso, e será, também, isso que nos vai guiar nesta viagem”, afirmou a música Clothilde.

Além da estreia deste espetáculo “A Importância de Ser Alan Turing”, também esta sexta-feira o Festival Circular apresenta no Teatro Municipal de Vila do Conde o concerto “Gestos Invisíveis”, também em estreia absoluta, que constitui uma colaboração entre os músicos Miquel Bernat, João Dias e Gustavo Costa.

No sábado, Noviga Projekto, um duo composto pela flautista vilacondense Clara Saleiro e pelo percussionista espanhol Manuel Alcaraz Clemente, vão estrear “Diferença – Repetição – Transformação”, apresentando três peças de compositores contemporâneos interligados por improvisações.

Também nesse dia, no Auditório Municipal, Filipe Pereira apresenta a sua mais recente criação, “Arranjo Floral”, uma conferência-performance autobiográfica que percorre questões como a religião, a sexualidade, a arte das flores ou a arte da dança.

No encerramento do Festival Circular, surge mais uma estreia nacional, com o trabalho “Época”, de Volmir Cordeiro e Marcela Santander, no Teatro Municipal de Vila do Conde, onde os coreógrafos revisitam a audácia coreográfica de algumas mulheres do século XX.

Os bilhetes para os espetáculos têm o custo de cinco euros e podem ser adquiridos nas plataformas digitais de venda de ingressos e no Teatro e Auditório Municipal de Vila do Conde.