O segredo da felicidade pode passar por fechar a conta de Facebook
Escrito por Daniela Azevedo em 03/02/2019
Um grupo de investigadores da Universidade de Stanford e da Universidade de Nova Iorque concluiu que fechar a conta e sair do Facebook produz um efeito positivo na saúde mental das pessoas. A notícia está no site Salon.
O estudo está a ter um grande impacto na comunidade, não só pela credibilidade das universidades envolvidas, mas também pelo próprio método utilizado que, ao invés de se basear simplesmente em questionários, utilizou a aplicação do método científico, chegando a uma conclusão que praticamente exclui qualquer possibilidade de causalidade no resultado.
No estudo foram envolvidos 2844 utilizadores ativos de Facebook (que recorriam à rede social diariamente). Esses indivíduos tiveram que responder a extensos questionários que perguntavam sobre a sua atividade online, visões políticas, rotina diária e o quão bem se sentiam com a vida. Após a entrega dos questionários, os investigadores fizeram um sorteio e escolheram aleatoriamente 1422 pessoas (50% de todo o grupo), que receberam uma compensação financeira para desativar o Facebook durante quatro semanas. Durante esse período, os pesquisadores ficavam em contato direto com essas pessoas, avaliando-as em tempo real, enquanto se certificavam que as contas não tinham sido reativadas.
A equipa concluiu, então, que sair do Facebook diminuía, de um modo geral, o tempo que a pessoa passava na Internet e aumentava o tempo que passava a fazer outras atividades offline, como ver televisão ou estar com os amigos e a família. Também foi possível observar uma queda nos níveis de polarização política e conhecimento sobre as notícias em geral, e um aumento da sensação de bem-estar com a vida. Além disso, abandonar o Facebook por um mês também ajudou a diminuir o tempo que esses utilizadores gastavam na plataforma depois de reativarem as suas contas.
Pode, assim, afirmar-se que sair do Facebook causa um bom impacto no aumento da qualidade de vida, elevando os índices de felicidade e satisfação, e diminuindo os índices de depressão e ansiedade. Os autores do estudo avisam, ainda, que há outros fatores que devem ser levados em conta, como por exemplo um período mais prolongado sem o Facebook pode amenizar os impactos causados nos índices de conhecimento sobre as últimas notícias, já que se espera que a pessoa encontre outros métodos para se manter informada.
Fonte: Salon